Não sei se vocês repararam, mas as pombas da atualidade andam muito petulantes.
Antigamente, quando eu tinha medo de pombas, a tranquilidade chegava quando a minha mãe já fazia o discurso tradicional: "não tenha medo, bobinha. É só você chegar perto que elas levantam vôo".
E você confiava na mãe como confiava no pai para aprender a andar de bicicleta sem rodinhas. Chegava perto do pássaro, segurava o vestidinho na ponta dos dedos, dava aquele pulão e pronto. A rolinha saía ia pelo ar, nômade e deselegante, à procura de outra calçada suja para dar continuidade à sua inutilidade para a humanidade. Aposto que pombas não rimam.
Mas hoje? Hoje as pombas são outras. Se você acha que elas vão se retirar assim que o pneu do seu carro se aproximar, está muito enganado(a). As rolinhas conquistaram o seu espaço e fazem o que todo ser humano deveria fazer de vez em quando: não se preocupar com o mundo a sua volta. Ficam lá até o último minuto, preferem morrer a perder o seu espaço na sociedade.
Xinguem as pombas de Geni, de minoria, de insignificante, de parda, do que quiser. O que interessa é que elas te incomodam. Você não consegue passar por cima delas. Você as odeia, mas se importa com elas.
E as pombas? Não estão nem aí para você. Para quem odiava as pombas, até que o post ficou bom.
quinta-feira, agosto 28, 2008
O que se faz no mundo em que as pombas não levantam vôo?
Postado por Mariana em 10:07 PM
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terça-feira, julho 15, 2008
Fora do ar
Se todo mundo fala, eu é que não vou me calar diante do padre e seus mil balões.
Onde quer que esse avoado esteja, já virou ídolo nacional, com direito à Jornal Nacional, Kibe Loco, MTV e programa do Ronnie Von.
Um site chamado http://www.darwinawards.com/ elege os mortos mais idiotas de todos os tempos. Pessoas que não sobreviveram por incapacidade intelectual, mental e acefalia. No português claro, morreram por pura e simples burrice. Coisa que não tem remédio. Como exemplo, cito um ladrão que assaltou uma loja de armas com policiais dentro e, obviamente, foi baleado. Darwin pensaria: com tamanha burrice, merece ser naturalmente exaurido da galáxia mesmo.
Essa semana o padre ganhou destaque lá no site e está entre os concorrentes a vaga de "aindabemquevocêmesmoseretiroudaespécie".
Um brasileiro comum. Que com uma idéia de (g)jerico ganhou projeção internacional e fama. Sempre dizem que os famosos são considerados queridos, únicos e saudosos somente depois que morrem. Vide Mário Covas, Mamonas Assassinas, Ruth Cardoso, Beto Carreiro, Palhaço Carequinha e o cowboy do Brockback Mountain. Antes era apenas um cowboy biba, até morrer e virar o melhor Coringa de todos os tempos.
É engraçado pensar que algumas pessoas, que nem famosas são, ganham mais projeção do que alguns artistas vivos, que tentaram o sucesso a vida inteira. Chora elenco de Malhação!
Não acredita? É só responder essa auto-pesquisa:
Quem é mais relevante e digno de existência para você?
O padre?
ou a Hebe Camargo?
O GPS do padre?
ou a Leila Lopes?
Se você respondeu o padre em todas as questões, você é meu amigo.
O padre está no topo da cadeia alimentar.
Seja por meio dos seus balões, seja por sua ignorância.
Postado por Mariana em 4:00 PM
Marcadores: voo morrapretagil morte fama sucesso money
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
Perdi a cabeça.
O que acontece no momento seguinte a queda da lâmina da guilhotina?
O francês Guillotin inventou a guilhotina para o bem-estar dos condenados. Muitas vezes, o machado não resolvia a situação em um único lance. Com a guilhotina, o tiro era certeiro, sem maiores sofrimentos. Que bondade do Sr. Guillotin.
Bom, o que ocorre antes da lâmina todos sabem. É o clichê de todo momento pré morte. Um filmezinho em preto e branco passa na sua cabeça. Surge a contagem regressiva: vou morrer em 4,3,2,1 pfff.
Mas e no momento seguinte? Sua cabeça sobrevive por uns segundos. Você tem os últimos instantes pensantes da sua vida. O que fazer? Continuar a contar?
Uma opção seria chorar pela cabeça derramada, para aliviar a dor. Quem não chora depois de perder a cabeça?
Xingar o sistema? Essa pode ser uma alternativa válida. EsseS burguêS filhos da puta, que acham que eu sou culpado? Eu sô CB sangue bom, mano. Eu sô vítima do sistema, truta! Só quero viver em paz com os mano da quebrada. Pá-pá-pá.
Mas pense diferente. Pense que é a única vez que você vai ver seu corpo de um ângulo diferente.
É como se você estivesse deitado, vendo seu corpo de cima.
Pense que você está a um passo de ser empalhado.
Pense que você não precisa mais se preocupar com seus cabelos e com a caspa (uh!).
Pense que agora você pode ter miopia e pode não tirar os sisos.
Pense que você pode ser colocado num vidro com formol.
Pense que você não está mais preso na guilhotina. Enfim, livre!
Pense.
Ter a cabeça guilhotinada é realmente uma sensação única. Experimente.
Postado por Mariana em 12:00 PM
Marcadores: Pirou meu cabeção. e o meu coração como bola de sabão
terça-feira, janeiro 08, 2008
quinta-feira, janeiro 03, 2008
Feliz ano velho
Quando começa um novo ano, surge uma vontade de recomeçar, que invade nossos corpinhos sedentários, que não saíram da poltrona o ano anterior inteiro.
Tem gente que promete conhecer alguém, promete não usar mais drogas, não mentir pro marido, não bater na esposa, melhorar alimentação, sair da pindaíba. Minha promessa virtual é manter esse blog sempre atualizado. E só.
Eu não prometo nada. Quero eu chegar no fim de 2008 e ver que não fiz nada? Não senhor, cara pálida. Chega de decepção.
Portanto, para 2008 minha promessa é não prometer. No fim do ano estarei de consciência limpa e espumante na mão.
Com um vestido novo e 7 ondas de água poluída no pé.
terça-feira, dezembro 04, 2007
Política infantil
Toda criança apelida alguma velha que conhece de bruxa do 71 ou de Dona florinda. Por mais que a semelhança as personagens seja nula, ou a senhora não more no apê da Dona Clotilde.
Um elevador. A velha entra.
Dona Florinda: Olá, tudo bem, bonitinha?!
Menina: não.
Olhar fulminate da mãe
Dona Florinda: por quê?
Menina: porque você é feia.
Sinceridade infantil é ótimo. Um tapa na cara da maternidade em excesso. E daqueles que estão acostumados a comer com oito tipos de garfo e dobrar a alface em oitos partes, para não cometer a deselegância que é cortar a folha.
Bons tempos em que eu chamava a velha de feia. Era tão mais fácil. O pior que poderia acontecer era aquele beslicão de mãe. Que nem dói, mas também não é um afago.
"Ai Cristina, deixa a menina, criança é assim mesmo".
Hoje em dia todo mundo tem escrúpulos para tudo.
Ninguém recebe o perdão infantil.
E depois reclamam que a gente não é verdadeiro.
-Estou gorda?
-Magina, você tá linda.
Bobeou, dançou.
Pra variar, dancei.
Estive menos aqui e mais acolá.
Minha memória falhou e o post ali debaixo não vai continuar.
E eu que já tinha separado tantas fotos de cuecas.
quarta-feira, novembro 14, 2007
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