quinta-feira, agosto 28, 2008

O que se faz no mundo em que as pombas não levantam vôo?

Não sei se vocês repararam, mas as pombas da atualidade andam muito petulantes.
Antigamente, quando eu tinha medo de pombas, a tranquilidade chegava quando a minha mãe já fazia o discurso tradicional: "não tenha medo, bobinha. É só você chegar perto que elas levantam vôo".
E você confiava na mãe como confiava no pai para aprender a andar de bicicleta sem rodinhas. Chegava perto do pássaro, segurava o vestidinho na ponta dos dedos, dava aquele pulão e pronto. A rolinha saía ia pelo ar, nômade e deselegante, à procura de outra calçada suja para dar continuidade à sua inutilidade para a humanidade. Aposto que pombas não rimam.
Mas hoje? Hoje as pombas são outras. Se você acha que elas vão se retirar assim que o pneu do seu carro se aproximar, está muito enganado(a). As rolinhas conquistaram o seu espaço e fazem o que todo ser humano deveria fazer de vez em quando: não se preocupar com o mundo a sua volta. Ficam lá até o último minuto, preferem morrer a perder o seu espaço na sociedade.
Xinguem as pombas de Geni, de minoria, de insignificante, de parda, do que quiser. O que interessa é que elas te incomodam. Você não consegue passar por cima delas. Você as odeia, mas se importa com elas.
E as pombas? Não estão nem aí para você. Para quem odiava as pombas, até que o post ficou bom.