Não sei se vocês repararam, mas as pombas da atualidade andam muito petulantes.
Antigamente, quando eu tinha medo de pombas, a tranquilidade chegava quando a minha mãe já fazia o discurso tradicional: "não tenha medo, bobinha. É só você chegar perto que elas levantam vôo".
E você confiava na mãe como confiava no pai para aprender a andar de bicicleta sem rodinhas. Chegava perto do pássaro, segurava o vestidinho na ponta dos dedos, dava aquele pulão e pronto. A rolinha saía ia pelo ar, nômade e deselegante, à procura de outra calçada suja para dar continuidade à sua inutilidade para a humanidade. Aposto que pombas não rimam.
Mas hoje? Hoje as pombas são outras. Se você acha que elas vão se retirar assim que o pneu do seu carro se aproximar, está muito enganado(a). As rolinhas conquistaram o seu espaço e fazem o que todo ser humano deveria fazer de vez em quando: não se preocupar com o mundo a sua volta. Ficam lá até o último minuto, preferem morrer a perder o seu espaço na sociedade.
Xinguem as pombas de Geni, de minoria, de insignificante, de parda, do que quiser. O que interessa é que elas te incomodam. Você não consegue passar por cima delas. Você as odeia, mas se importa com elas.
E as pombas? Não estão nem aí para você. Para quem odiava as pombas, até que o post ficou bom.
quinta-feira, agosto 28, 2008
O que se faz no mundo em que as pombas não levantam vôo?
Postado por Mariana em 10:07 PM
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